
ContraCanto



foto: Pedro Ferreira
FEEDBACK
“Tomara Lisboa ter um espectáculo como este!” – Foi este um dos muitos comentários deveras significativos que se ouviram acerca do musical ContraCanto, de António Leal, em coautoria com Sandra Leal, apresentado por este experiente encenador no auditório do Centro Cultural de Carregal do Sal nos dias 8, 9 e 10 de Junho, e visto por um milhar de pessoas, em três sessões antecipadamente esgotadas.
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ContraCanto surpreendeu tudo e todos em qualidade, beleza e originalidade, trazendo à actualidade a essência das músicas de Zeca Afonso, resumida numa mensagem que encaixa na contemporaneidade do espectáculo – “Nós temos é que ser gente, pá!” – e que questiona o que mudou em Portugal depois de tantos anos do 25 de Abril. Sem dúvida, um espectáculo soberbo, com magnífico enquadramento de multimédia na projecção de imagens e vídeos, dando apreciável moldura aos sucessivos quadros musicais.
Tanto nas sessões nocturnas dos dois primeiros dias como na sessão da tarde do último dia, o público ficou rendido à grandiosidade do espectáculo e profundamente maravilhado pela raridade de o mesmo ter chegado em primeira mão a um pequeno concelho do interior profundo, levando-o a destacar-se ainda mais no panorama cultural nacional, muito por acção da Fundação Lapa do Lobo e das parcerias com a Câmara Municipal de Carregal do Sal e o Conservatório de Música e Artes do Dão. Os aplausos de pé foram uma constante, em estrondosas ovações, tributando a excelência do espectáculo e dos seus intérpretes e fazendo sentir, ao mesmo tempo, que a mensagem da poesia e da música de Zeca Afonso volta a rever-se nos dias de hoje.
In Farol da Nossa Terra, 12 de Junho de 2013
Depois de três dias de espetáculos totalmente esgotados e de três salas repletas de um público visivelmente comovido e emocionado, o ContraCanto fecha a cortina régia de coração cheio.
As semanas de intensa preparação e antecipação deram lugar a um palco cheio de profissionalismo e dedicação e a uma comunhão única entre elementos de uma equipa que se entregou por completo a um projeto que acreditou ser especial.Fora do palco, para lá dos olhos de todos, outra mão-cheia de gente boa contribuía para a magia de tudo o que se viu.Cruzaram-se no Contracanto dezenas de pessoas, tão diferentes nos seus percursos, vidas e experiências, mas todas iguais neste orgulho de se ser português.Pela mão experiente, competente e, sobretudo, apaixonada de António Leal, atores, músicos, adultos, jovens, crianças, público – todos - passearam pela música de Zeca Afonso e por um Portugal terno, doce e enorme. Foram dias especiais e inesquecíveis.Impõe-se dizer: Vale a pena.Vale a pena abraçar ideias felizes, belas e sinceras.Vale a pena arregaçar as mangas, abrir os braços, rasgar sorrisos e escancarar as portas.Vale a pena chamar amigos, receber quem chega e convidar quem ainda não chegou.Vale a pena derrubar obstáculos, subir muito acima do provável e descer depois numa vénia humilde e verdadeiramente grata.Vale a pena dormir pouco para, enfim, se acordar tão leve e tão vivo.Vale a pena acreditar em quem sabe, apostar em quem consegue e realizar o possível.Obrigado a todos os que se juntaram a nós em cima do palco ou que, lá fora, aplaudiram de pé!Valeu a pena o ContraCanto, porque vale a pena Portugal.
A Produção
In Carregal Digital, Câmara Municipal de Carregal do Sal
Depoimentos
"Nós temos é que ser gente, pá!"
Estava certo o grande Zeca Afonso quando disse esta célebre frase.
Três dias, três sessões, três lotações esgotadas, Cerca de 1000 pessoas marcaram presença no Centro Cultural de Carregal do Sal. Viram, viveram e aplaudiram de pé o magnífico musical ContraCanto. Produzido pela Fundação Lapa do Lobo, com encenação de António Leal e coautoria de Sandra Leal, com o apoio da Câmara Municipal de Carregal do Sal e do Conservatório de Música e Artes do Dão.
(…)
Uma viagem pelo mundo musical de Zeca Afonso. O desemprego, as emigrações em massa, a agricultura… tudo se ligava com a actualidade. Mão-de-obra qualificada, com nível elevado de estudos, partem por essa Europa for a, pelo Mundo…
Não! Não fiquei com dúvidas, este musical veio na altura certa. Mais do que actual é um autêntico “grito de revolta”, talvez uma revolta pelo estado a que a cultura chegou. Rejeitar a nossa cultura é esquecer quem somos, de onde viemos e como chegámos aqui.
Habituei-me a ver na televisão as apresentações de grandes musicais, sempre na capital. Desta vez senti-me um privilegiado, assistir a tamanho feito numa localidade do interior do país, numa região que respira cultura, muito graças à Fundação Lapa do Lobo.
Acredito que o ContraCanto não irá ficar por aqui. É bom demais para ficar na memória de apenas 1000 pessoas. Por certo, ainda vou ouvir falar e muito no ContraCanto. Não deixem este “grito de revolta” ficar por aqui!
Pedro Ferreira, in www.paragemdotemponumclick.com
“Falta cumprir-se Portugal”. Já dizia Pessoa que o país que habito nunca atingiu o seu devido potencial. Temos, é bem sabido, dos melhores climas mundiais e não o aproveitamos para uma agricultura de alto rendimento. Temos centenas de quilómetros de costa e não conseguimos uma pesca que satisfaça toda a procura interna e, ao mesmo tempo, seja uma fonte sustentável de rendimento vindo da exportação. Teremos condições fantásticas para turismo, é verdade! Estará a ser maximizado em todo o seu potencial? E como podemos ter indústria sem investimento? Toca, portanto, a fugir daqui, pessoal. Toca a tornarmo-nos apátridas. Toca a planear um futuro num outro país. Gerações vindouras, pirem-se assim que puderem!
Não.
Eu quero um país onde eu caiba. Quero reclamar de volta o país que dantes me sorria, o país que tomou a liberdade com a força das suas próprias mãos e a deixou voar. Se para isso são precisas greves, apupos a políticos durante cerimónias protocolares, que são desrespeito por instituições que possivelmente não o merecem (porque talvez devamos distinguir a instituição do político), eleições antecipadas, canções a interromper discursos, manifestações… não sei. Estará na hora de descobrir? Dois pequenos poderes, eu sei que tenho. O primeiro estou a exercê-lo quando escrevo exatamente o que me apetece, porque felizmente posso dar a minha opinião sobre todos os assuntos em que tenha uma. O segundo manifesta-se quando há eleições. Não são superpoderes (só tenho mesmo o Superpoder de Compra), mas são poderes que contam e que eu conto utilizar.
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Foi o que fizeram António e Sandra Leal que, a partir da música de José Afonso, criaram um musical intenso, comovente e emocionante, com a Joana, uma das assinantes desta newsletter, a encher o palco à frente de um grande elenco (sempre quis utilizar esta expressão, “à frente de um grande elenco”). Fiquem atentos ao ContraCanto – o meu cheirómetro (olá Ricardo! Olá Xana!) diz que ainda vai dar que falar. Todos os que contribuíram para fazer desta peça de teatro uma realidade utilizaram os seus poderes: a criatividade, a iniciativa, a energia, o empenho. Mas, no caso deles, são mesmo superpoderes.”
Crónica por José Rainho
“Um espectáculo digno de estar nas melhores salas do país." Maria da Luz Rodrigues, Facebook
“ContraCanto é e será sempre um espetáculo digno de ser visto em qualquer palco deste país.” Simão Matos, Farol da Nossa Terra
“Revejo-me totalmente neste musical! Que grande partilha, grande Zeca Afonso! Estão todos de parabéns...impensável fazer este musical no interior do país, mas é uma realidade!” Pedro Ferreira, Facebook
“Excelente trabalho, que não fique na gaveta das memórias. PORTUGAL de norte a sul adorará ver o vosso espetaculo tal como Carregal do Sal adorou. Boa sorte.” Cristina Ferreira, Facebook
“Acabado de chegar de Carregal do Sal, e de assistir ao Musical ContraCanto, com a música de Zeca Afonso, e encenação de Antonio Leal. EXCELENTE!” Adérito Martins, Facebook
“Soberbo, Divinal, ******** Estrelas, Emocionante, PORTUGAL.” Sérgio Matias, Facebook
“Emocionaram-me. Parabéns porque dificilmente vou esquecer” Sérgio Matias, Facebook
“ContraCanto… Deixou saudades.” Sérgio Murillo, Facebook
“Cansado, mas feliz por me transportarem às memórias da juventude, de vivências antigas, de noites nas matas de Angola em que estas músicas eram a nossa companhia. Valeu a pena por uma inquestionável qualidade musical e de rigor artístico. Aqueles que tornaram possível levar à cena esta peça de teatro musical e fazê-lo saltar do papel para as tábuas do palco, provaram o que é cultura, o que é qualidade e o que é profissionalismo. Parabéns por me terem arrancado algumas lágrimas de comoção...” Sérgio Martins, Facebook
“So posso dizer que gostei muito,mesmo nao sentindo tudo que voces sentiram pelas musicas do passado,senti tudo que se sente com as dificuldades,incertezas e possibilidades de vida do presente...oh pah,este momento em especial dos menino,parecia uma "Madalena"!!!” Carla Martins, Facebook
“É uma hora e tal de puro prazer e emoção.” Clara Morgado, Facebook
“Poderoso e Genial…” Ricardo Fonte, Facebook
“10 de Junho, no Centro Cultural de Carregal do Sal o espectáculo - " Contra Canto", foi fantástico ver três gerações de artistas em palco,entre os profissionais alguns amigos. Mas mais importante foram as emoções que este musical transmite, através da música de Zeca Afonso e aqueles que são os problemas e os sonhos de sempre. Parabéns!” Paula Teles, Facebook
“Talvez a melhor experiência de todas. Obrigado por tudo.” Tiago Sousa (14 anos), Facebook
“Obrigada por me ajudarem a construir mais um pedacinho de mim” Ana Rita Andrade (13 anos), Facebook
Nunca se esqueçam de nós, porque nós nunca nunca nunca nos vamos esquecer de vocês... Obrigada por nos ensinarem tanto e por nos mostrarem todo o vosso talento! São fantásticos, foi um prazer ...trabalhar com todos, e esperemos que o Contracanto não fique por aqui! “ Raquel Queirós (14 anos), Facebook
