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ContraCanto



Pedro é a personagem transversal da narrativa. Através dele, o público revisita momentaneamente o final dos anos 60 e testemunha o seu desencantamento actual. Ricardo, seu filho adulto, vive agora algumas das mesmas angústias experimentadas pelo pai, vestidas, no entanto, dos elementos contextuais actuais: a perda de uma independência económica anteriormente adquirida, a emigração de formação superior especializada, a perda de referências e ideais humanistas.
Nos corredores laterais desta narrativa, os jovens, os cidadãos e as crianças abrem levemente outras portas: negligência, abandono, tecnocracia, sangue-frio, sangue-quente e, claro está, esperança. Um Portugal que canta a poesia de José Afonso e respira… ainda.

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